Croce x Thompson

Texto de comparação entre Benedetto Croce e Eduard Thompson

A análise histórica varia sem dúvida tanto em função da época de produção do texto histórico quanto em função do tipo de abordagem escolhida de cada autor. É claro que historiadores (ou mesmo leigos que atuem na produção historiográfica mundial) que inovam dentro do seu campo de atuação e adotam novas perspectivas de análise ganham destaque dentro de sua área e tornam-se fundamentais para os estudos básicos da História. Nessa linha, há certamente incontáveis autores de inegável importância. Na presente análise, serão discutidos Benedetto Croce e Edward Thompson e haverá uma tentativa de aproximação entre os dois autores e de suas perspectivas, obviamente realizando tal análise dentro dos limites do campo de estudo de cada um. Croce era italiano e suas contribuições para a historiografia datam do final do XIX e da primeira metade do XX. Já Edward, nascido na Inglaterra na década de 30, produziu textos na segunda metade do século passado. O campo de pesquisas dos dois é divergente, mas algumas características inovadoras são claramente visíveis nos dois. Croce presenciou a ascensão e decadência dos regimes totalitários nazi-fascistas e ditatoriais e destacou-se no grupo dos historiadores liberais de seu século, opondo-se ao fascismo de seu país. O autor adota, na grande maioria de seus textos, um tipo de análise da História no campo filosófico, de teoria da história. Dessa maneira, sua produção historiográfica, nova em muitos aspectos, discute principalmente a importância e a metodologia da ciência história e dialoga criticamente com as produções até então mais conhecidas dos pensadores positivistas. Edward Thompson foi um pesquisador da cultura popular com ênfase nos séculos XVII-XVIII e um de seus grandes diferenciais foi ter analisado o marxismo sob outros prismas, distanciado-se da tradicional perspectiva da época. Era ele de esquerda e por ter vivido na segunda metade do XX ( plena União