vico e história como ciência
Eduardo Barbosa Lenzi e Max Rogério Vicentini*
Departamento de Ciências Sociais, Universidade Estadual de Maringá, Av. Colombo, 5790, 87020-900, Maringá, Paraná,
Brasil. *Autor para correspondência. e-mail: mrvicentini@uem.br
RESUMO. A análise da obra de Giambattista Vico é pertinente em um momento em que se debate a crise de paradigmas nas Ciências Humanas e, em particular, na História.
Retomar a expressividade de uma obra como A Ciência Nova contribui para que repensemos essa discussão bastante atual, uma vez que foi escrita em um período (início do século
XVIII) de afirmação da ciência moderna como forma de conhecimento válido. Apesar de abordar a metodologia e a classificação das ciências, Vico nunca conseguiu atingir grande notoriedade com suas idéias, o que talvez tenha ocorrido pelo fato desse filósofo ir de encontro com uma das principais correntes do período: o racionalismo cartesiano. É justamente desse embate que surge a nova ciência proposta por Vico. Para este pensador, os sentimentos, a retórica e a própria história seriam produtos humanos fundamentais que não poderiam ser conhecidos pelo método matemático. Sendo assim, efetua-se aqui a compreensão da maneira como esses produtos humanos fundamentais devem ser, segundo
Vico, apreendidos e, também, apresentar as distinções epistemológicas por ele propostas entre as ciências da natureza e as dos homens.
Palavras-chave: Vico, Ciência Nova, História.
ABSTRACT. Vico and the History as Science. The analysis of the Giambista Vico’s literary work is pertinent in a moment when the paradigm crises in Human Science has been debating, actually it has been debating mainly in History. To Review the expressiveness of a literary work as the New Science contributes to make us think about this current discussion, once that this book was written in a period (beginning of the 17th century) of affirmation of the Modern Science as a way of validating knowledge. Even