A arte como imitação?
O termo imitação é interpretado como reprodução fiel da realidade (isto é, a imitação como reprodução ou cópia); mas as representações artísticas da realidade “transfiguram-na” aos nossos olhos, nao se limitando a “representá-la”. Por outras palavras, apresentam-na sob novos aspetos, criam novas maneiras de a ver, fazendo uso de processos como a criatividade (conceito bastante diferente da originalidade). Por exemplo, argumenta-se que o objetivo da maioria dos primeiros pintores (no Renascimento) tenha sido o de reproduzir nos seus quadros uma convincente ilusão de realidade. Nesse sentido, diz-se então que: “quer-se imitar a realidade, reproduzi-la, mas a tela é plana (2D) e a realidade é tridimensional (3D), isto fez então com que os pintores renascentistas, ao introduzirem a perpetiva nas suas pinturas, criaram a realidade produzindo a ilusão de a tela tornar-se uma realidade tridimensional”.
Contudo, existe quem argumente contra ou a favor desta teoria, havendo justificações válidas em que cada um desses argumentos.
Por um lado, o artista não representa as coisas que vê , mas o modo como vê e também como imagina as coisas, ou seja, o quadro aparentemente mais “realista” está condicionado na sua criação pela experiencia do artista, pelos seus sentimentos, pela forma como avalia as relações sociais do seu meio, pelas ideias que queira transmitir.
No entanto, por outro lado, “ser criativo” pode ser usado como critério para justificar o que é uma produção artística com qualidade (ainda que não seja o único critério e não possa ser usado de forma isolado).
MITOS
1. A criatividade é maior nos jovens que nos adultos.
2. A criatividade resulta maioritariamente de processos inconscientes, sem razão específica.
3. A criatividade surge sempre de forma espontânea.
4. A criatividade é um talento que nasce com os individuos.
5. Se a obra final não for original, não é criativa.
6. Tudo o que é cultura é criativo
7. A criatividade