A Apologia da Historia
RESENHA: A Apologia da História
Delmiro Gouveia
2014
Resenha: A Apologia da História, BLOCH, Marc Leopold Benjamin, Apologia da História, ou, O oficio de historiador. – Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed. 2001
Marc Leopold Benjamin Bloch foi historiador francês, nascido em Lyon no ano de 1886 e morto em 1944, como prisioneiro em campo de concentração nazista. Medievalista e autor de várias obras, lecionou, dentre outras, na cadeira de História Econômica, em Sorbonne, com Lucien Febvre, ganhou notoriedade mundial ao publicar, em 1929, da Revista dos Annales, que deu origem à Escola dos Annales.
A leitura inicialmente, nos mostra que o historiador deve fazer escolhas, definir e delimitar claramente seu objeto de estudo, sem se perder em preciosismos fúteis, os fatos humanos, por não terem precisão matemática, são frágeis e delicados e, muitos deles, podem se perder no tempo. O tempo também é objeto de estudo, uma vez que, durante muito tempo acreditou-se que o passado era o objeto de estudo do historiador. O tempo que é contínuo, infinito vai prolongando as mudanças que provocarão outras e assim por diante. Seguindo em seus escritos, o autor começa, quase que por parábolas/metáforas, assemelhar o ofício de historiador ao ofício do investigador criminal. Compara também as fontes históricas a testemunhas diretas ou indiretas dos fatos. Nesse primeiro momento o autor afirma que a história é uma ciência de estudos. A ciência que estuda o homem no tempo. O homem é a chave do estudo, pois o passado não pode ser um tipo de objeto de estudo cientifico, são as ações do homem que constroem a história ao percorrer o tempo. Com base nisso busca-se o entendimento de um contexto social e histórico, uma questão problema ou problematização para a História, e não somente a ideia de que a história é baseada apenas em fatos isolados juntamente com datas. Sobre esse viés passa-se a querer