a alfabetização visual
A autoria da própria vida pela arte
Trabalho de Graduação
01/12/2013
RESUMO
Pode-se afirmar sem dúvida que o significado de alfabetismo está no domínio da decifração de certos códigos visuais cujas funções abrange o uso da linguagem e sua consequente comunicação. No entanto, a leitura não se constitui somente na mera operação de se reproduzir funcionalmente aquilo que se lê. Há subliminarmente uma intenção, um discurso organizacional de algo por trás de um texto e imagem. Mas como desvendá-lo? Partindo do pressuposto de que alfabetização visual não se restringe unicamente a imagens, mas que palavras também são elementos imagéticos, o trabalho de graduação aqui explanado abordará as minhas relações institucionais com a escola e a academia em uma análise política na qual o conceito de alfabetismo visual depende da obtenção das ferramentas necessárias para se entender imagens no quesito político hegemônico cultural. Obviamente o desenvolvimento do alfabetismo visual está engajado em uma pedagoga crítica que visa primordialmente uma prática emancipatória sociocultural.
Palavras-chave: Alfabetismo visual. Cultura. Pedagogia crítica, sociocultural.
1. INTRODUÇÃO
A análise política do mecanismo das instituições educacionais torna-se sumamente necessária para uma possível e sucedida construção de uma alfabetização visual. Quando se menciona a termologia “alfabetização visual” não pode se pensar num modelo de aprendizagem que contemple somente aos apelos “retinianos”. Mais do que isso, a alfabetização visual é a visão perceptiva do mundo de cada indivíduo – dos arredores, do mundo interno; faz-se necessária a associação multissensorial das representações com aquilo que é de fato representado.
Culturalmente, uma casa tem várias noções. Embora, se por um aspecto, uma imagem da casa está inerentemente ligado a ela como signo, por outro não está correlacionada: tem natureza particular enquanto objeto