Weber e o protestantismo
Weber publica seu livro A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo em 1904. O sociólogo e economista alemão foca sua análise principalmente nos protestantes calvinistas puritanos que se lançaram em atividades capitalistas. A Reforma Protestante introduziu uma nova forma de conceber a economia, o capitalismo. Weber procura mostrar em seu trabalho que a introdução do capitalismo em nossa sociedade não ocorreu por conta de uma motivação econômica, e sim religiosa. Para ele, o desenvolvimento da economia não dependia necessariamente de transformações internas, podem vir de fontes externas, principalmente se pernsarmos que a religião permeava todo o pensamento da época e sem dúvida teria grande influência em praticamente todas as searas da vida cotidiana. Com a disseminação do pensamento calvinista, o ascetismo, que é, em uma concepção simplificada, uma filosofia que visa frear os prazeres terrenos e encorajar as pessoas a viver de forma mais austera, foi “democratizado”. Isso significa que uma parcela maior da população passou a não fazer uso, a poupar, seus rendimentos. Esse capital acumulado passou então a ser injetado nos negócios, de modo a fazê-los crescer cada vez mais. Esse capital injetado nos negócios também foi aliado ao que Weber considera a propensão protestante ao trabalho e à educação de cunho humanístico que os protestantes recebiam, aprendendo cálculos e outros conhecimentos que poderiam propiciar maior lucro, ao contrário da educação católica, que renunciava a vida prática e enxergava o trabalho apenas como modo de garantir a subsistência. Importante frisar que os protestantes puritanos consideravam o trabalho enobrecedor e um meio crucial para atingir a Glória, uma vez que é parte de uma rotina que mantém o homem longe do pecado. Em suma, o católico trabalhava para viver, enquanto o protestante puritano vivia para trabalhar. Resumindo, o capitalismo é encorajado à medida