A ética protestante e o espirito do capitlismo
3310 palavras
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A ÉTICA PROTESTANTE E O ESPÍRITO DO CAPITALISMO: CONSIDERAÇÕESFlávia Cristina Soares1
RESUMO
Palavras chave:
1 – INTRODUÇÃO
A Ética protestante e o espírito do capitalismo de Max Weber foi uma série de ensaios escritos entre os anos de 1904 e 1905. Neste livro, o autor investiga as razões pelas quais o Capitalismo se desenvolveu em alguns países, concluindo que a presença do protestantismo influenciou para o espírito do capitalismo. O autor tece algumas considerações sobre o protestantismo que se iniciou na Europa Moderna com caráter de reagir contra as doutrinas do catolicismo romano. O termo protestante foi utilizado para caracterizar os grupos que contestavam a Igreja Católica. Segundo Barbosa e Quintaneiro (2002):
“Deve-se lembrar que a doutrina católica, dominante naquela época, condenava a ambição do lucro e a usura. Para os calvinistas, no entanto, desejar ser pobre era algo que soava tão absurdo como desejar ser doente; ‘a prosperidade era o prêmio de uma vida santa’. O mal não se encontrava na posse da riqueza, mas no seu uso para o prazer, o luxo, o gozo espontâneo e a preguiça.” (2002, p. 135)
Primeiramente, este artigo abordará como se desenvolveu o espírito do capitalismo. As diferentes ramificações do protestantismo (o calvinismo, o pietismo, o metodismo e as seitas batistas) favoreceram o comportamento econômico racional. Entre estes, destaca-se o calvinismo considerado como uma doutrina em que a vocação do homem era uma dádiva recebida por Deus. Os estudos da religiosidade são de fundamental importância para compreender as diversas formas de vida social. Nas sociedades ocidentais, percebe-se uma racionalização das relações sociais (BARBOSA, QUINTANEIRO, 2002).
Após esta perspectiva, exemplifica-se como o termo vocação foi determinante para o espírito do capitalismo. Esta lógica desenvolveu o Racionalismo Econômico, principalmente, na Alemanha, através das empresas o que proporcionou o