A sociologia da religião- weber
O que é religião?
Para Weber é impossível definir o que é religião. Weber não tem a pretensão de tratar da “essência” da religião, mas sim das condições e dos efeitos de um determinado tipo de comportamento comunitário, que para ele só se consegue compreender a partir das experiências subjetivas, das concepções e das formalidades dos indivíduos, ou seja, a partir do “sentido” uma vez que tal comportamento reveste formas extremamente diversas.
O procedimento que obedece a motivações religiosas ou mágicas é voltado para este mundo. Esse procedimento é um comportamento relativamente racional: mesmo que não seja uma maneira de agir consoante meios e fins, obedece a regras ditadas pela experiência.
Para Weber, as concepções religiosas são cruciais e originárias das sociedades humanas, pois o homem, como tal, sempre esteve à procura de sentido e de significado para a sua existência; não simplesmente de ajustamento emocional, mas de segurança cognitiva ao enfrentar problemas de sofrimento e morte. Procura-se na religião signos de transcendência e de esperança.
Qual a função da Religião?
Weber argumenta que a existência de qualquer realidade histórica é fruto de um conjunto de ações de indivíduos guiados por intenções e motivações subjetivas. A religião interessa a Weber na medida em que ela é capaz de formar atitudes e disposições para aceitar ou rejeitar determinados estilos de vida ou para criar novos. A importância dada por Weber à subjetividade e intencionalidade dos atos sociais nos ajuda, portanto, a entender sua dedicação ao estudo da religião.
Weber afirma que o sucesso do capitalismo depende em parte da “disposição dos homens em adotar certos tipos de conduta racional”. A religião, enquanto elemento historicamente fundamental na conduta humana nas diferentes sociedades se torna um tema de pesquisa importante. Através dela se poderia em certa medida “compreender” os motivos e intenções de um conjunto de