Weber – Ascese e capitalismo
Weber – Ascese e capitalismo
Em ascese e capitalismo, Weber busca traçar a relação entre a crença religiosa protestante e os aspectos da vida econômica. Apesar de tratar o protestantismo ascético como um bloco, se concentra no puritanismo inglês e parte principalmente dos escritos de Richard Baxter para construir sua proposta.
Baxter condenava moralmente o gozo da riqueza e o “descanço sobre a posse”. Como é caracteristico das religiões asceticas o trabalho duro era altamente valorizado, em oposição ao ócio e ao prazer, e era entendido como forma de glorificação a deus. Nesse sentido nem mesmo o homem de posses está livre do trabalho, mesmo não nescesitando dele para seu sustento, ainda o tinha como obrigação aos mandamentos de deus.
A obrigação do trabalho por todos é respondida pela providencia divina com uma vocação (calling), todo homem deve buscar ser o mais produtivo possível e aplicar sua vocação e sua força de trabalho nesta busca. É portanto valorizada a divisão do trabalho e o trabalho profissional racianal, que garantiriam o emprego de maior quantidade de tempo possível e maior eficácia na produção, ainda nesse aspecto era permitido a mudança de profissão, desde que seja para atuar de forma mais útil e essa mudança não seja feita de forma leviana. O lucro neste contexto não é visto como algo condenável, pelo contrario é de certa forma incentivado. A ascese protestante em sua luta contra o gozo da vida, o consumo e o luxo, não buscou atacar o ganho em si, mas o uso irracional das posses acumuladas. Era dever do cristão, diante de uma possibilidade maior de lucro, agarrar essa oportunidade, caso contrario estaria faltando com sua obrigação de administrar da melhor forma possível a criação de deus na terra.
A desobstrução da ambição do lucro combinada com a condenação ao consumo leveram o crente ao investimento produtivo do capital. O trabalho e o lucro eram obrigações morais do indivíduo.
Por fim