analise de a esfinge de laerte
Análise do quadrinho de Laerte
Na história em quadrinho “Esfinge” de Laerte, há uma relação com o texto “A ética protestante e o espírito do capitalismo” de Max Weber. Neste texto, o autor explica a origem do capitalismo moderno, assim como explica sobre riqueza, capital, vocação e diversos outros fatores relevantes para o triunfo do capitalismo.
Segundo Weber, a falta de vontade de trabalhar é sintoma de estado de graça ausente. Isso significa que o homem deve usar todo o seu tempo para glorificação de Deus. O homem deve buscar sempre o lucro, mas o lucro que se refaz, ou seja, o capital. Segundo weber, “o tempo é infinitamente valioso porque cada hora perdida é trabalho subtraído ao serviço da glória de deus.”.
A autora Marilena Chauí, faz um reforço referente ao tempo. Na introdução do texto “O direito à preguiça” de Paul Lafargue, a autora denota que preguiça é um dos sete pecados capitais, um gozo cujo direito os humanos perderam para sempre. Ela faz um contraponto entre o trabalho na Grécia antiga e o trabalho para Max Weber. Na Grécia Antiga, trabalho era usado como um meio para tortura, os escravos trabalham vitaliciamente para que outros pudessem gozar do ócio construtivo, enquanto para Max Weber, o trabalho é usado como um meio para edificar o homem e como dever moral.
O autor de Ascese e Capitalismo, também comenta sobre a vocação profissional. Ele afirma que “uma vocação que cada qual deverá reconhecer e na qual deverá trabalhar, e essa vocação não é, como no luteranismo, um destino no qual ele deve se encaixar e com o qual vai ter que se resignar, mas uma ordem dada por deus ao indivíduo a fim de que seja o operante por sua glória”. A conduta de vida racional fundada na ideia de profissão como vocação, um dos principais componentes do espírito capitalista moderno, nasceu do espírito da ascese cristã. Quando a ascese se transferiu das celas dos mosteiros para a vida profissional, os homens encontraram a ética capitalista como