Warren Dean
– O novo governo teve em mãos inúmeros recursos naturais, mas não soube geri-los;
– A independência teria sido conquistada quase sem derramamento de sangue, e a aceitação deste novo panorama político, pelas elites em quase todo o Brasil, teria tirado das massas populares a oportunidade para um levante;
– Porém, a calmaria da independência foi pouco aproveitada, o Brasil passaria por uma série de levantes e a guerra com o Paraguai, debilitando o governo, o que levaria a postergação de várias reformas. E este fracasso cobraria um preço muito alto da Mata Atlântica;
– Percebe-se que a sede de poder dos grandes proprietários de terras, se disfarçou de patriotismo, para que com a independência, tivessem acesso à máquina pública, e conseguissem aprovar medidas favoráveis aos mesmos;
– É impossível calcular a extensão do impacto que o regime escravista na produção agrícola, suscitou na sobre as florestas do Sudoeste; Os fazendeiros praticavam uma forma de agricultura predatória, exaurindo recursos naturais e trabalhadores escravos; – Os fazendeiros queriam tirar do governo, o monopólio das terras públicas, e usavam o sistema de sesmarias em benefício próprio;
—A propriedade de terras era a maior riqueza, pois ela conferia status social, e os meios para se obter lucros. Mas os fazendeiros se irritaram quando a Coroa propôs a demarcação das terras, pois eles não tinham o menor interesse que o Estado fixasse os limites de suas terras, e legitimasse seus direitos, preferiam a incerteza, para melhor invadir terras públicas; – Baltasar da Silva Lisboa, teria formulado um projeto de reforma agrária que contemplava até mesmo os libertos, mas que não saiu do papel por interesses das classes dominantes(latifundiários); – As posses ilegais e sesmarias estavam intimamente ligadas à violência, e o Império parecia demonstrar uma conivência com