Violência nas Escolas
Cenas de alunos brigando entre si, agredindo professores ou sendo atacados por profissionais que deveriam ensiná-los são cada vez mais comuns nas redes sociais e em noticiários da TV.
Os casos acontecem desde os anos 1990 – quando surgiram as primeiras discussões de especialistas sobre o assunto – e estão relacionados com o aumento da criminalidade nas grandes cidades, verificado na mesma época.
Na última década, contudo, os registros tornaram-se mais frequentes, além de ganharem notoriedade graças à divulgação na internet, em sites como o YouTube e o Facebook. Os vídeos são disseminados, muitas vezes, pelos próprios jovens envolvidos nas agressões, como forma de conquistar status junto aos colegas.
O crime mais marcante ocorreu em 7 de abril de 2011, quando doze adolescentes com idades entre 12 e 14 anos foram mortos a tiros na escola municipal Tasso da Silveira, localizada no bairro do Realengo, zona oeste do Rio de Janeiro. O atirador, Wellington Menezes de Oliveira, era um ex-aluno que teria sido vítima de bullying.
Segundo a pesquisa mais recente sobre o assunto, divulgada em 9 de maio, quatro em cada dez professores já sofreram algum tipo de violência em escolas do Estado de São Paulo. O levantamento, realizado pelo Instituto Data Popular e a Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo), entrevistou 1.400 docentes da rede estadual de 167 cidades.
Os dados comprovam o que educadores já sabiam: a fronteira entre a escola e a violência das ruas deixou de existir. Vandalismo, agressões, confronto entre gangues, roubos, tráfico e até assassinatos passaram a fazer parte da rotina escolar.
De acordo com a pesquisa, intitulada “Violência nas escolas: o olhar dos professores”, 72% dos professores já presenciaram briga de alunos, 62% foram xingados, 35% ameaçados e 24% roubados ou furtados. A situação é pior em bairros de periferia, onde 63% dos profissionais consideram a escola