Violência nas escolas ou das escolas?
Os professores de escolas públicas além de terem de trabalhar em más condições, encaram diariamente o desrespeito por sua profissão, seja por meio do salário baixo, da má qualidade dos cursos de formação docente ou ainda pela exclusão dos educadores das decisões da política educacional. O que é realmente necessário, é uma construção de uma escola que exista o respeito por quem estuda e trabalha nela, pois apenas garantir o acesso a todos à uma escola que não funciona de fato para a aprendizagem, não é o suficiente. Em províncias do Sudeste e Sul, o professor primário chega a receber cerca de dois reais por aula, ele é remunerado como se não tivesse a menor qualificação profissional e seu papel essencial da função pública é ignorado. Reformas e projetos educacionais visam apenas os interesses das grandes fortunas mundiais. Sendo assim desejam tonar a educação pública mais barata aos cofres públicos, diminuindo os investimentos; também querem que independente da qualidade de ensino, os índices numéricos de escolaridade cresçam, e por último, por meio da obtenção de um diploma, dar a sensação de que os excluídos estão sendo incluídos nas escolas. É como se as escolas tivessem se tornado uma espécie de febem, tiram os menores das ruas para que assim as estatísticas de ocorrências policiais melhorem. Querem que a reprovação seja evitada (progressão continuada) para que o aluno passe direto até a oitava série e fique na escola até a formatura, garantindo assim a “democratização do ensino. Tanto professores como alunos estão frustados, enraivecidos, desesperados e descrentes do ensino, e por isto, encontram formas de “sobrevivência”. Essa situação pode contribuir para a violência atribuída aos alunos pobres. Existe uma atitude antidemocrática nas escolas, uma vez que os alunos, que logicamente são diferentes (igualdade é o direito à diferença), são forçados a serem iguais, por meio de