Violência na Rua
A rua passou a ser a única possibilidade de sobrevivência onde essas crianças e adolescentes e até mesmo adultos, pedem esmolas, catam lixo e procuram meios de ganhar dinheiro com a venda de objetos (frutas, balas e etc.) ou limpando vidros dos carros.
Os maus tratos a que são submetidos, constantemente, no espaço da rua, resultam de uma violência estrutural, amplificada com o processo de globalização, mas também de uma opção política de investimentos dos recursos públicos em programas que não contemplam, de forma ampla e irrestrita, todos os que vivenciam a realidade de exclusão social. Evidente que há uma forte relação entre esta realidade de exclusão e o trabalho precoce, assim como com o aumento do consumo de drogas entre crianças e adolescentes que vivem sem estudos e sem perspectivas sociais.
Os efeitos psicológicos da vivência do abandono e do desamparo, seja por parte da família, sejam por parte do Estado; e a apatia da sociedade frente a esta situação explícita de violência onde as crianças têm sua integridade, enquanto ser humano, altamente ameaçada, produz drásticos efeitos psicológicos nessas crianças e adolescentes.
O aumento da violência nos médios e grandes centros urbanos também é uma responsabilidade da sociedade por mais que esta não aceite este fato. A criminalidade em um primeiro momento pode até ser enfrentada com o emprego da força policial, mas esta não é, e nunca foi a solução final para este problema.
Nas ruas brasileiras, existe atualmente uma guerra urbana onde muitos saem para o trabalho diário, mas não sabem se irão retornar para o lar e para as suas famílias. A prática de homicídios, roubos, seqüestros,