violência contra o idoso
1. INTRODUÇÃO
Atualmente, o envelhecimento populacional tornou-se um dos maiores desafios para a saúde pública, visto que se exige a efetiva implementação da estratégia de educação em saúde como possibilidade de manutenção da capacidade funcional do idoso. Em razão do aumento da expectativa de vida da população mundial, muitos países convivem com idosos de gerações diversas, os quais possuem necessidades variadas, exigindo políticas assistenciais distintas.269
Violência contra idosos: análise documental
Rev Bras Enferm, Brasília 2007 maio-jun; 60(3):268-72.
Estima-se que, por volta de 2025, a população global de idosos dobrará, passando de 542 milhões para cerca de 1,2 bilhão(1). No Brasil, o número de pessoas idosas, em 1960, cresceu de 3 milhões para 7 milhões em 1975 e
14 milhões em 2002, estimando-se que, em 2020, atinja-se um total de 32 milhões de idosos no País(2).
Apesar, porém, de o índice de envelhecimento no Brasil ter sido de 19,77 no ano de 2000, houve importantes diferenças regionais, variando de 9,77 na
Região Norte a 22,88 na Região Sudeste. A Região Sul apresentou um índice de 22, 60, a Nordeste de 17,73 e a Centro-Oeste de 14,29(3).
Nesse contexto, desenvolveu-se rápida transição nos perfis de saúde em todo o País, caracterizada pelo predomínio das enfermidades crônicas não-transmissíveis e pelo importante aumento de vários fatores de risco para a saúde, os quais requerem ações preventivas em diversos níveis(3).
Acredita-se que o aumento da ocorrência de determinados agravos, tais como as causas externas, como os acidentes, a violência e os maus tratos, devem ser objeto de maior atenção entre os profissionais da saúde. No
Brasil, entretanto, a população idosa não costuma ser prioridade nos estudos sobre as causas externas, em razão do predomínio dos jovens, que exibem altos coeficientes e grande número de casos(4).
Dentre os agravos contra os idosos, ressalta-se a violência, que se tornou um