Vigotsky

Ninguém é só uma ilha. Para crescer, aprender, construir conhecimento, para se construir, o ser humano precisa dos outros.
Interagir, trocar, partilhar, navegar, para isso, embarcamos na linguagem. A grande ferramenta social de contato. E é ela que possibilitando a troca com o outro, permite a cada individuo, constituído dessa interação com outro, completar-se para conquistar o seu potencial.
Esse é o pensamento de Lev Vygostski, o psicólogo e professor, judeu russo, que fundou a chamada psicologia histórica cultural, psicologia sócia interacionista ou teoria histórico social.
Primeiro psicólogo moderno a enfatizar que a cultura se integra ao homem pela atividade cerebral, estimulada pela interação entre parceiros sociais, mediada pela linguagem.
A linguagem a ferramenta que torna o animal homem, verdadeiramente humano. Contemporâneo do psicanalista e professor Jean Piaget, Lev nasceu na cidade de Orsha em pleno império russo, na região da bielo Rússia, no século dezenove, e morreu jovem aos 37 anos, de tuberculose. Porem com uma importante obra de mais de duas centena de trabalhos científicos. Os mais conhecidos, o livro pensamento e linguagem.
Sua paixão pela arte o mantinha muito próximo de intelectuais e artistas. Por conta disso, em 1927, foi publicamente considerado, pelo cineasta Sergei Eisenstein, como um dos psicólogos mais brilhantes da época, capaz de ver o mundo com claridade celestial. Em 1929, concluiu sua tese “A psicologia da Arte”, baseada em Hamlet, de Shakespeare. Em 1932, prefaciou o livro “A linguagem e o pensamento da criança”, de Jean Piaget.
Recebeu a sua formação inicial diretamente de tutores na residência da sua infância, e mais tarde na universidade de moscou, que integrou um grupo de jovem intelectuais que buscavam o elo entre socialismo e uma nova psicologia integradora de corpo e mente.
Assim, embora graduado em direito, transitou pelas áreas da medicina, psicologia, historia, filosofia, literatura atrás da formação