Vida em ambientes extremos
Definindo os limites ambientais da vida na Terra
Durante muito tempo se tinha a ideia de que era totalmente inviável a presença de vida em determinados ambientes extremos da Terra como em sistemas gelados na Antártica, ambientes de alto e baixo pH, temperaturas extremas, ou baixo oxigênio, mas atualmente se tem a informação de que em tais lugares já foram identificadas a presença de vida. Os estudos sobre micro-organismos nesses e em outros ambientes severos tem aprofundado o conhecimento sobre tolerância microbial para condições extremas, podemos então estender nossos conhecimentos sobre a origem da vida e aplicar os conceitos adquiridos para avaliar a possibilidade de encontrar vida em planetas ou satélites no Universo. A vida como nós atualmente a conhecemos requer três condições: presença de meio líquido (água ou mar), uma energia como fonte para o metabolismo, e uma fonte de nutrientes para desenvolver e manter estruturas celulares. Porém um ambiente que respeita a todos estes requisitos não implica em ambiente com seres vivos. Com os avanços nas pesquisas nesta área da biologia, as definições de fronteira da vida vão ter que ser mudadas porque se vê claramente que é possível ocorrer vida em lugares que previamente eram considerados inabitáveis por nenhum ser vivo. Identificar limites para o crescimento e sobrevivência de organismos é algo crítico para os astrobiologistas, mas é de grande ajuda para guiar as pesquisas por vida, ambos na Terra e em outras partes do universo. O que define o quão habitável é um certo ambiente é a diversidade dos micro-organismos encontrados. Inspeções moleculares, filogenéticas e de culturas desses pequenos seres vivos descrevem a ausência ou a diversidade de vida que o ambiente suporta.
Extensão dos limites e vida
A controversa notícia de um possível microfóssil no meteorito de Marte ALH84001 destaca a importância em definir os limites da definição de vida. Como as moléculas