Viagens na minha terra resenha
Romantismo (Com algumas características do Realismo); importante para entender a decadência em Portugal.
Composta por 2 eixos narrativos:
- Narra suas viagens intercalando citações intertextualidade. (Lisboa á Santarém)
- Segunda parte é abordado o drama amoroso entre 5 personagens sob o pano de fundo da luta entre os liberais e os miguelistas. (Carlos e Joaninha)
As personagens do livro fazem uma metáfora a visão de Portugal tentando encontrasr as causos da decadência portuguesa. A morte de joaninha e a fuga de Carlos representam a crise de valores o apego aos bens materiais e ao imediatismo, fechando dessa maneira um caráter duvidoso e instável.
Carlos: é um homem instável que não consegue se decidir sobre suas relações amorosas, podendo ser ligado às características biográficas do próprio Almeida Garrett.
Georgina: namorada inglesa de Carlos, é a estrangeira de visão ingênua, que escolhe a reclusão religiosa como justificativa para não participar dos dilemas e conflitos históricos que motivaram sua decepção amorosa.
Joaninha: prima e amada de Carlos. Meiga e singela, é a típica heroína campestre do Romantismo. Simboliza uma visão ingênua de Portugal, que não se sustenta diante da realidade histórica.
D. Francisca: velha cega avó de Joaninha. Mostra-nos a imprudência e a falta de planejamento com que Portugal se colocava no governo dos liberalistas, levando a nação à decadência.
Frei Dinis: é a própria tradição calcada num passado histórico glorioso, que no entanto, não é mais capaz de justificar-se sem uma revisão de valores e de perspectivas.
O pano de fundo em Viagens na minha terra é a Revolução Liberal. Grosso modo, as ideias liberais surgiram como oposição ao monarquismo, ao mercantilismo e ao domínio religioso. Portugal, na época um país monarquista com fortes raízes católicas, via qualquer ideia liberalista como antinacional.
A personagem protagonista Carlos, aparece como símbolo deste embate