Vexame de primeiro mundo

Manda quem pode, obedece quem tem juízo.

A matéria “Vexame de primeiro mundo” por Antonio Luiz M.C Costa, é uma crítica à postura de países que foram espionados pelos Estados Unidos e mesmo assim abaixaram a cabeça e o apoiaram no incidente ocorrido com o presidente Evo Morales, ferindo assim o Direito Internacional.
O autor inicia o texto explicando o escândalo de espionagem que foi descoberto e divulgado. Mesmo desmascarados com provas concretas vazadas de dentro do próprio NSA (Agência de segurança Nacional) por Snowden, os Estados Unidos mantiveram a postura de dizer que era meramente por segurança contra ataques terroristas, ou seja, “medidas preventivas”, difícil explicar como espionar chefes de Estado pode ser útil nesse sentido. Essa explicação pública dos Estados Unidos cai por terra ao serem divulgados pelo The Guardian novos documentos vazados por Snowden, onde é comprovada a espionagem de embaixadas em Washington e de missões na ONU da União Europeia e de mais 38 nações. Líderes Europeus se sentiram na obrigação moral de demonstrar sua indignação, foi o caso da primeira ministra alemã, Angela Merkel, e o presidente francês, François Hollande, mas diante de tal falta de respeito à soberania dos Estados, uma mera declaração não demonstra empenho em defender suas respectivas Nações e cidadãos.
Tal indignação é desfeita ao simplesmente rasgarem o direito internacional e acatarem os interesses dos Estados Unidos, foi o que aconteceu no patético episódio com o presidente Evo Morales, que vinha da Rússia de volta à Bolívia de um compromisso político e precisando abastecer o avião presidencial foi impedido de sobrevoar pela França, Itália, Portugal e Espanha por haver uma suspeita de que Snowden estivesse a bordo do avião. O mesmo homem que trouxe as claras os planos obscuros e secretos dos Estados Unidos contra vários Estados, inclusive estes. Depois de serem retidos no aeroporto da Áustria, o presidente Evo Morales e sua equipe puderam finalmente