Trabalho
Publicado em 21 de julho de 2010 por erico
Sediar uma copa do mundo pode trazer resultados positivos e negativos. Normalmente os prejuízos são compartilhados entre todos e os lucros ficam apenas para alguns. A velha tática da socialização das perdas e privatização dos lucros estão a solta.
Os otimistas enaltecem o potencial socioeconômico, cultural e estrutural enquanto que os pessimistas alertam para os problemas da corrupção e da má gestão do dinheiro público, “cartolagem” e elevadas exigências praticadas pela FIFA em benefício de seus parceiros internacionais prioritários – danem-se os cofres públicos e seus contribuintes. Eis o futebol como entretenimento, alienação e empreendimento capitalista global.
O apito inicial do jogo está dado. A oportunidade existe e as chances de êxito somente serão alcançadas satisfatoriamente com o emponderamento, controle e participação no processo de decisão por parte da sociedade, maior interessada num evento como esse.
Atualmente, o Brasil está em alta no mundo globalizado, e internamente, passando por mudanças profundas em sua estrutura social, repercutindo num crescimento econômico robusto, geração de emprego e renda combinado com uma intensa ascensão social junto as classes mais desassistidas.
Os investimentos interno e externo, por conta da Copa 2014, tendem a melhorar ainda mais esses índices – especialmente com as aplicações em transporte público (aeroportuário e rodoferroviário), segurança pública, infra-estrutura hoteleira e equipamentos culturais para o turismo.
Porém, o plano de execução da Copa está atrasado, sofrendo com a ingerência da CBF – que até aqui determinou as prioridades dos estados sedes – carecendo de maior controle público das operações e despesas pretendidas, evitando-se a corrupção e o desperdício das receitas públicas, como no episódio recente do Pan-americano no Rio de Janeiro, em que todas as previsões orçamentárias foram fatidicamente extrapoladas. A