Marilena Chauí analisa o capítulo "o verdeamarelismo" e seu respectivo termo enquanto construto ideológico, elaborada pela classe dominante como imagem celebrativa de um país “essencialmente agrário”, ligando-se à hegemonia dos proprietários de terra em um país historicamente articulado ao sistema colonial do capitalismo mercantil como colônia de exploração ( segundo a autora, essa colônia tem "uma economia voltada para o mercado esterno metropolitano e a produção se organiza na grande propriedade escravista"), em uma constante “dependência consentida” da elite. Vale ressaltar que Marilena Chauí ainda menciona a colônia de povoamento, que segundo ela, nessa colônia "a produção se processa mais em função do própria consumo interno da colônia, onde predomina a pequena propriedade". O verdeamarelismo foi sustentado até mesmo quando achava-se que não havia mais base de sustentação. A autora nos dá o exemplo das duas guerras mundiais pois as mesmas desfizeram as bases de divisão internacional do trabalho e do mercado mundial de capitais. A nação se voltou com o foco econômico para o mercado interno e houve um certo estímulo para que a produção local das mercadorias entrasse no lugar das importações. De fato, houve tentativas de acabar com o verdeamarelismo como por exemplo o esforço que o Modernismo exerceu no período entre 1920 e 1930, quando acontece o que a autora chama de "rearranjo da composição de forças das classes dominantes" devido ao processo de industrialização, entretanto, sua ideologia estava completamente enraizada nesses processos de transformações. No decorrer do capítulo fica bem claro o porque da exaltação das belezas da natureza do Brasil, já que este é seu produto e seu lugar no sistema colonialista. Importante lembrar que a industrialização nunca se tornou o carro-chefe da economia brasileira, e além disso se deu principalmente por transferência de setores industriais internacionais para o Brasil, devido ao baixo custo da mão-de-obra, em uma