Verdeamarelismo (Marilena Chauí) - Fichamento

Descrição
O texto “Verdeamarelismo” é o terceiro de um total de seis capítulos do livro “Brasil: Mito fundador e sociedade autoritária.” da escritora e filosofa brasileira, Marilena Chauí. Nesse fragmento, Marilena relaciona a questão nacionalista com o poder da classe dominante brasileira de forma influente, em momentos distintos da historia, mas que, interligam-se através do verde e amarelo, apresentando diferentes significados.

Estrutura
Após a conquista inédita do titulo mundial de futebol em 58, a população brasileira vai às ruas vestindo o verde-amarelo, embalados aos cânticos de “A taça do mundo é nossa, com brasileiro não há quem possa”. Doze anos mais tarde, em 1970, o povo volta as ruas para comemorar o tricampeonato mundial, dessa vez, a bandeira do Brasil torna-se item unanime nas ruas, que agora cantam “90 milhões em ação, pra frente Brasil do meu coração”. Apesar de semelhantes, esses momentos carregam com si mudanças ideológicas partindo do principio nacionalista. No primeiro momento, o país era governado por Kubitschek que pregava o desenvolvimento brasileiro para o mercado interno com o capital internacional, o que levou os brasileiros as ruas somente com as cores mas sem a bandeira. No segundo momento, o Brasil vivia o governo militar pós AI5 e a conquista do titulo foi vista como uma ação do Estado que pregava a ideologia do Brasil grande, desenvolvido com estradas e etc. O que leva a observar o mesmo “verdeamarelismo” em momentos e contextos diferentes.
Ele surge como criação da classe dominante para ilustrar a imagem celebrativa do Brasil. É usada como ideologia dos senhores de terras do Brasil colonial, passando pelo império, república velha e sobrevive até a criação do Estado Novo (mesmo com a criação de indústrias) por meio do Modernismo. Com o domínio do Estado sob os meios de comunicação e promulgando o povo brasileiro como cultura nacional no cenário de lutas contra dispersão oligárquicas em que se encontravam, essa ideologia foi