Analise VerdeAmarelismo
O início oficial do Verdeamarelo se deu em 25 de julho de 1926, com a publicação de um artigo de Hélios (Menotti del Picchia) no Correio Paulistano em que esse anunciava a criação da “Academia Verde e Amarela”, formada por ele, Plínio Salgado e Cassiano Ricardo, “três bárbaros nacionalistas vermelhos, independentes entre nós, integrados num grande amor ao Brasil” a academia tinha mais três cadeiras “descadeiradas”. O título “Academia Verde e Amarela” era uma espécie de sátira à Academia Brasileira de Letras e suas congêneres, com suas regras sobre como escrever uma boa literatura, estatutos e a glorificação de literatos passadistas, significando, enfim, o encarceramento da literatura em instituição. Contra isso, o autor sugeria liberdade de criação e exaltação das características essenciais do Brasil num ato de fundação que tivera “grande pompa e discursos”, mas que fora presidido apenas por três pessoas, o objetivo principal do grupo era o “descobrimento do Brasil”. Descobrimento de toda uma riqueza cultural escondida pelo formalismo da literatura passadista e também pela interpretação errônea dada por outros grupos modernistas contemporâneos
O nome do grupo foi grafado de formas distintas durante o período de sua atuação e ainda pela historiografia que o analisou, constando as formas “verdeamarelo”, “verde-amarelo”, “verdeamarelismo”, “verde e amarelo”, “academia verde e amarela”, dentre outras. Cassiano Ricardo, por sua vez, marcou a sua adesão oficial ao grupo em 31 de julho, também defendendo uma literatura livre dos passadismos do século anterior e ao mesmo tempo diferente da proclamada pelos “meninos da Terra Roxa”, “bem instalados na vida, falando corretamente o francês e que descobriram o nosso país na Europa”. Os três literatos fundadores do Verdeamarelo já escreviam para o Correio Paulistano há algum tempo.
Fundado o Verdeamarelo, que, segundo os integrantes, não se tratava de uma escola, mas da colaboração de três indivíduos