Prof. Ivan Domingues (UFMG) Na aula de hoje vou tratar de trs tpicos 1) as fontes do conhecimento, 2) a natureza do conhecimento, 3) os elementos do de conhecimento. Os textos da apostila relacionados com o assunto so o texto no. 2, extrado do Tratado da alma, de Aristteles, e o texto no. 3, intitulado Representao e conhecimento, de Jean Ladrire. Recomenda-se a leitura atenta,em casa, destes dois textos, pois alm de subsidiarem minha exposio, eles complementam e ampliam a problemtica que ser tratada por mim, hoje, em sala de aula . Comecemos pelo primeiro tpico as fontes do conhecimento. Os estudiosos do processo de conhecimento apontam para vrias fontes, relacionadas de uma maneira ou de outra com as chamadas faculdades da alma ou do esprito humano, e compartilhadas algumas delas pelos animais, como veremos em seguida. Estes so os rgos dos sentidos, memria, a imaginao, a razo e a intuio. Na aula de hoje, vou caracterizar sumariamente cada uma dessas fontes, reservando para uma outra aula, a ser dada na seqncia, o exame mais detido das mesmas, ao abordar seu papel e problematizar sua natureza e funo no processo cognitivo. Assim, dos rgos dos sentidos, compartilhados pelos humanos e pelas bestas, cabe dizer que eles so cinco vista, audio, paladar, olfato e tato. Eles so considerados por muitos Filsofos e cientistas como uma espcie de antena do sujeito do conhecimento, pois atravs deles que as informaes acerca do mundo chegam at ns, captando-as, codificando-as como imagens sensveis e disponibilizando-as para o trabalho da alma ou do sujeito. Um problema importante a ser enfrentado pelo estudioso do conhecimento, ao tratar dos sentidos, decidir se eles desempenham uma funo meramente receptora e passiva no processo cognitivo, como nos sugere a metfora da antena, ou se eles desempenham uma funo ativa e de alguma forma produtora do objeto do conhecimento, como na percepo da cor, que depende da ao da vista e do trabalho do crebro. Outro problema o de elucidar como os