Venezuela e a Democracia
Segundo o Dicionário de Política, se entende por democracia, um método ou um conjunto de regras de procedimento, que atendam as diversas ideologias, e contribuam para a constituição de um Governo junto à formação de suas decisões políticas. Por essa definição, podem ser estabelecidos alguns tipos de democracia como: Democracia madisoniana, em que o Estado é limitado pelo direito ou Governo e por isso há a manifestação da tirania; Democracia populista, cujo princípio fundamental é a soberania da maioria; Democracia poliárquica, que busca a garantia para o livre direito ao voto. Na Venezuela a questão democrática é muito sensível, envolve sua história, a influência das mídias nacionais e internacionais, e a influência de outros países latinos, como Bolívia, Colômbia e México, além dos Estados Unidos.
É possível adotar alguns critérios para avaliar a situação democrática venezuelana. Robert Allan Dahl e Guillermo Alberto O’Donnell, especialistas em ciência política, são grandes expositores de como a democracia é construída em uma nação, e criaram critérios que podem ser aplicados a situação da Venezuela. Entre os critérios estão: a liberdade de formar e participar de organizações, liberdade de expressão, direito a voto, direito ao apoio político, eleições livres e idôneas, aplicação igualitária das leis e igualdade de tratamento pelos órgãos públicos. A partir desses critérios, pode-se dizer que a democracia não deixou de existir na Venezuela, mas uma ideia contraria foi difundida pela mídia nacional por conta da sua ligação com a oposição no país, que logo contribuiu para a exposição internacional da visão de um Estado não democratico.
A fim de estabelecer porque a Venezuela, no âmbito mundial, passou a não ser considerada democrática para alguns países e não para outros, é importante destacar: a situação histórica venezuelana a partir do período democrático até o início da era chavista; a existência de dois polos partidários que