Crítica sobre o filme além das eleições
O filme Além das Eleições: Redefinindo Democracia nas Américas, um documentário de Silvia Leindecker e Michael Fox, trata das novas experiências democráticas no continente americano. É uma crítica ao sistema representativo de democracia, mostrando algumas experiências em uma turnê pelas Américas, em que a vontade da maioria realmente estivesse se refletindo nas práticas políticas locais. São abordados os Conselhos Comunais na Venezuela, o Orçamento Participativo no Brasil, as Cooperativas em todo continente, os movimentos sociais nos EUA e México, Assembléias Constituintes no Equador e na Bolívia, e fábricas recuperadas na Argentina, em que se percebe a “reinvenção” da democracia com uma participação mais efetiva da população ante seus governos locais ou nacionais, do Norte ao Sul das Américas.
O filme inicia fazendo a seguinte pergunta para as pessoas nas ruas de diferentes países: o que é democracia? As respostas são as mais variadas possíveis, não sendo encontrado um consenso, apesar de uma linha no senso. Ou seja, daí parte as dificuldades de se saber o que é de fato a democracia, e como ela é trabalhada nos diferentes locais. Com essa ampla definição, fica margem para manipulação da democracia por parte das elites, protegendo seu capital com políticas definidas como democráticas, deixando a população em geral a margem com ideologias acerca da liberdade individual que nunca se concretizarão sem uma liberdade econômica. E divisão de capital é algo que a elite não está muito disposta. Ainda mais, esse consenso difuso não permite as comunidades entenderem o seu papel numa democracia que realmente represente a participação de todos. O que existe é uma confusão que se estende na apatia da população em agir em prol de políticas específicas para si.
A História também apresenta diferentes versões para democracia, como em Atenas, há milhares de anos, que apenas representou o