Variedades linguisticas
Ao falar, um indivíduo transmite, além da mensagem contida em seu discurso, uma série de dados que permite a um interlocutor identificar o grupo a que pertence.
A entonação, a pronúncia, a escolha vocabular, a preferência por determinadas construções frasais, os mecanismos morfológicos podem servir de índices que identifiquem:
a) o país ou a região de que se origina;
b) o grupo social de que faz parte (o seu grau de instrução, a sua faixa etária, o seu nível socioeconômico, a sua atividade profissional);
c) a situação (formal ou informal) em que se encontra.
As diferentes maneiras de se “usar” uma língua gera uma grande variedade lingüística.
Se alguém afirmasse “Esses gajos que estão a esperar o elétrico são uns gandulos”, não se hesitaria em classifica-lo como falante de Língua Portuguesa, em sua variante lusa.
Se por outro lado ouvisse “Se abanquem, se abanquem, tchê!”, ficaria claro que se tratava de um falante de Língua Portuguesa, em sua variante brasileira, natural do Sul do país.
O Brasil, em decorrência do processo de povoamento e colonização a que foi submetido e devido à sua grande extensão, apresenta grandes contrastes regionais e sociais, estes últimos perceptíveis mesmo em grandes centros urbanos, em cuja periferia se