Valorização feminina no mercado de trabalho
A valorização feminina no mercado de trabalho: avanços e desafios
Até o final da década de 60, a sociedade vivia sob um modelo patriarcal, no qual o homem era o provedor do lar, aquele que sustentava e dava conforto a sua família. As mulheres, por sua vez, eram educadas com objetivo de reprodução e cuidados domésticos da casa. Não cabia à mulher trabalhar nem ganhar dinheiro, as poucas que trabalhavam eram de uma classe economicamente menos favorecida, que precisavam sustentar seus filhos e as ocupações a elas destinadas na sociedade eram de cunho doméstico, tais como, preparar alimentos e doces por encomendas, bordados e outros trabalhos manuais que eram pouco valorizados. A mulher de classe econômica mais favorecida não era educada para trabalhar fora de casa e nem visar ter prestígio ou sucesso profissional, e as que pensavam de forma contrária a esse modelo eram mal vistas pela sociedade.
A partir de acontecimentos como a evolução industrial, em meados do século XVIII, que trouxe o desenvolvimento tecnológico e o crescimento da maquinária, aliada as duas primeiras Guerras Mundiais e a Revolução Feminista na década de 70, as mulheres foram requisitadas pelo mercado de trabalho como mão de obra em decorrência da saída da população masculina para a guerra, este movimento favoreceu a conquista de um maior espaço na sociedade e, conseqüentemente, no mercado de trabalho.
Desde que o homem começou a produzir seus alimentos nas sociedades agrícolas do período neolítico, começaram as definições de papéis comportamentais e sociais entre os gêneros e, conseqüentemente, uma divisão sexual do trabalho. A mulher era marcada pela capacidade reprodutora e cuidadora, enquanto o homem representava um papel associado à idéia de autoridade, chefe da família e de mando.
Nas sociedades industriais no século XVIII e XIX, as mulheres passaram a ser introduzidas no mercado de trabalho fabril e, desta forma, tinham além do antigo trabalho