A Liberalização Feminina
A Liberalização feminina foi o movimento de emancipação da mulher, que ocorreu na Europa e na América durante os anos de guerra e entreguerras, isto é, nas décadas de 20, 30 e 40. Ela se configurou como uma mudança comportamental e intelectual por parte do gênero feminino, que passou a ter mais consciência em relação ao seu papel dentro da sociedade. Como durante séculos o papel atribuído à mulher foi simplesmente secundário, ela teve que encontrar formas de superação diante dessa anulação social. Inventar novas formas de se vestir e de se portar, foram caminhos encontrados pelo ser feminino de se auto afirmar e de participar da vida social de maneira mais relevante e visível.
As primeiras articulações de um movimento feminista começaram logo após a Revolução Francesa, quando as mulheres passaram a reivindicar direitos jurídicos iguais aos dos homens, como o direito à gestão do patrimônio, à valorização do trabalho, ao voto e à educação, por exemplo. Porém o movimento ganhou força e notoriedade somente a partir da década de 20, quando as mulheres que ocuparam o lugar dos homens (que tinham ido para a guerra) em seus respectivos trabalhos, descobriram um novo mundo de liberdade e de oportunidades, e começaram a lutar para que a 'ordem antiga' não fosse novamente restaurada, com o fim da Primeira Guerra.
VOTO FEMININO
O direito ao voto e à participação na vida política mobilizou as mulheres durante boa parte da primeira metade do século XX. A Nova Zelândia foi o primeiro país a permití-lo, já em 1893. Na Grã-Bretanha, foram as sufragistas que desenvolveram uma intensa campanha pelos seus direitos, conseguindo, em 1928, a concessão do mesmo a todas as inglesas com mais de 21 anos. No Brasil, essa conquista aconteceu em 1932, durante o governo de Getúlio Vargas. Na França, apesar da "igualdade" estar entre os lemas da Revolução Francesa, a mulher só conseguiu o direito de votar a partir de 1945, após o fim da Segunda Guerra