Graduação
Sarah Maria Cavalcante Rodrigues1
Resumo: Este artigo é uma breve análise da história da mídia impressa feminina e feminista, revistas, jornais, folhetins, no Brasil, apresentando algumas reflexões sobre como a mulher é vista na sociedade, como a figura feminina é apresentada no impresso, e a origem e desenvolvimento histórico da mídia impressa, obtendo como objeto de estudo a Revista Feminina, a Revista Nova Cosmopolitan, e os jornais feministas Brasil Mulher e Nós Mulher.
Palavras-Chaves: Mídia Impressa, Feminina, Feminista.
Primeiros Impressos
Embora a primeira publicação feminina brasileira não tenha sido a Revista Feminina, esta será estudada neste artigo por ter sido um periódico administrado por mulheres e também por sua longevidade, 22 anos de publicações.
A título de curiosidade, a primeira tipografia feminina nasceu em 1827 e durou somente até 1828. Tinha como título O Espelho Diamantino, e o subtítulo Periódico de Política, Literatura, Bellas Artes, Theatro e Modas Dedicado às Senhoras Brasileiras. Houve outras como: O Espelho das Brasileiras, Recife, 1831; A Fluminense Exaltada, Rio de Janeiro, 1832; mas todos elas, assim como O Espelho Diamantino, fundadas e dirigidas por homens.
A Revista Feminina era publicada em São Paulo do ano 1914 até 1936. Essa ficou conhecida pelo grande público leitor, constituído em sua imensa maioria por mulheres dos mais variados recantos do país, até meados do século XX, uma vez que a Revista Feminina se dizia voltada para o público feminino e era distribuída por boa parte do território nacional.
Apesar da revista possuir várias seções, iremos focar na seção intitulada “Jardim Fechado”, destinada à publicação de cartas e de trechos literários produzidos pelas assinantes. Para Bárbara Heller, a permanência de tanto tempo da revista só foi possível devido ao “Jardim Fechado”:
A partir do cruzamento de algumas destas cartas, como se deu a participação da