O discreto charme da baixa renda
Março de 2003
Original: português
CEPAL
COMISSÃO ECONÔMICA PARA A AMÉRICA LATINA E O CARIBE
Escritório no Brasil
O MERCADO FINANCEIRO E A POPULAÇÃO DE BAIXA RENDA
Silvana Parente
Documento elaborado no âmbito do Convênio CEPAL/DFID. As opiniões aqui expressas são de inteira responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, a posição das instituições envolvidas.
Introdução
1. Análise da oferta
1.1. A estrutura do sistema financeiro
1.2. O crédito produtivo para a micro e pequena empresa (FAT-PROGER)
1.3.
O crédito para agricultura familiar (PRONAF)
1.4.
O crédito habitacional
1.5. O crédito de consumo
1.6. A indústria de microcrédito nascente
1.7. Outras modalidades informais de oferta de crédito
2. Análise da demanda
2.1. Análise quantitativa - dados globais
2.2. Análise qualitativa - perfil e natureza da demanda
3. Inadequação entre a oferta e a demanda financeira
4. Iniciativas inovadoras de políticas no Brasil para ampliar o acesso dos pobres ao mercado financeiro
4.1 As rodadas de interlocução política da Comunidade Solidária
4.2 O Programa do BNDES
4.3 O Programa do SEBRAE
4.4 O Programa da AED - Agência de Educação para o Desenvolvimento
5. Conclusões e recomendações
Anexos
Bibliografia
1
O Mercado Financeiro e a População de baixa renda
Introdução
O objetivo deste estudo é analisar o mercado financeiro e de crédito sob o aspecto do atendimento da população mais pobre do Brasil. A grande questão é até que ponto os mecanismos do mercado financeiro funcionam para atender as necessidades da população de baixa renda. Para tanto serão apresentadas informações sobre a oferta existente no
Brasil, considerando produtos e serviços formais do sistema financeiro, inclusive oferta de programas especiais com a intervenção do governo, oferta por parte de estabelecimentos comerciais (crédito direto ao consumidor), oferta das organizações microfinanceiras e mecanismos de crédito informais. Em