Aborto

ABORTO

Diferente do que foi observado em épocas passadas, a mulher contemporânea tem alcançado progressivamente seu espaço no cenário mundial. O voto e a inserção no mercado de trabalho são modelos de recentes conquistas que lhes foram asseguradas. Mas, esses direitos estão sendo cada vez mais ampliados. Atualmente, por exemplo, um dos assuntos mais discutidos e divulgados pela mídia de todo o país é a descriminalização do aborto.
A livre escolha é um dos aspectos mais característicos de uma sociedade democrática. Assim, o aborto também deveria ser um direito individual da mulher, visto que ele pode está atrelado a diversos fatores, inclusive a questões econômicas e sociais. Há algum tempo no Brasil, a lei permite o aborto apenas em casos de risco de morte da mãe ou de gravidez por estupro. Porém, recentemente, este assunto tem ganhado novos horizontes: o Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou também, em 2012, a interrupção da gravidez de fetos anencéfalos, a fim de assegurar e garantir o livre-arbítrio da gestante.
No entanto, órgãos como a Igreja Católica, grupos protestantes e alguns judiciais são totalmente contrários a qualquer prática desse tipo. Mas, vale ressaltar que a criminalização do aborto faz com que as mulheres que já estão decididas com relação ao ato procurem desordenadamente clínicas clandestinas. E, isso, de fato, acarreta o aumento nos índices de mortalidade da população feminina.
Diante dos fatos mencionados, é indispensável que o aborto seja considerado uma decisão de direito individual e uma questão de saúde pública, em todos os casos. Entretanto, se faz ainda mais necessário, o aprimoramento de políticas públicas que garantem o planejamento familiar e os cuidados com a saúde da mulher. Medidas como essas é que vão garantir menores índices de aborto no país e impedir a utilização de soluções severas, como a liberalização do aborto.
Life Andrade Santos