Uso do vídeo-game e comportamento humano
Para aprofundar o entendimento sobre a influência do uso frequente de jogos de videogame sobre o comportamento humano, recorro a teoria de Skinner. É a partir dela que compreendo que tipo de processo de aprendizagem pode ocorrer na dinâmica entre os jogos e os jogadores, já que, como o artigo diz, um conceito importante é aplicado nessa interação: reforço intermitente.
Skinner demonstrou que nossos comportamentos voluntários operam no meio em que estamos. Isto quer dizer que agimos ativamente no meio, sempre provocando consequências. A probabilidade desse comportamento se repetir é maior ou menor dependendo da consequência obtida, ou seja, a resposta obtida pode ser um reforçador ou não do comportamento.
Os jogos são desenvolvidos a partir desse conceito de reforçador de comportamentos, cada jogada ou movimentos bem feitos trazem logo uma recompensa, obviamente, aumentando as chances da repetição dos mesmos, como também, do interesse na permanência no jogo. Cria-se ai alguns padrões de aprendizagem.
Por esse motivo, pode acontecer que, em crianças com hábito de jogar jogos violentos sem supervisão dos pais, haja aumento, no cotidiano, de comportamentos agressivos como a alternativa mais provável de se conseguir o que deseja; crença de que recompensas imediatas também ocorrerão na vida a cada acerto, o que gera frustração ou irritabilidade; infração de regras como algo que não traz consequências ruins, além da predileção por jogos, por trazerem satisfação, em detrimento do contato e interação social.
Isto não quer dizer que, em longo prazo, as crianças continuarão com tais comportamentos, tudo depende da continuidade de reforçadores e punições de tais atitudes e, claro, da presença e diálogo dos pais.