URBANIZAÇÃO BRASILEIRA

SANTOS, M. A nova urbanização: diversificação e complexidade. In: A urbanização brasileira. 5. ed. São Paulo: EDUSP, 2008. p. 53-61.

RESUMO
PALAVRAS CHAVE: Urbanização Brasileira; Produção Agrícola; Divisão do Trabalho. Devido ao período científico-técnico, houve um aumento de trabalhadores qualificados no Brasil. Na medida em que o campo se entrega a modernização, requer tecnologias indispensáveis para a produção e o consumo produtivo se espalha tornando-se uma parte importante das trocas entre os lugares das produções agrícolas e urbanos. A superposição dos efeitos do consumo produtivo e consuntivo têm a importância de ampliar os centros urbanos e a escala de urbanização, tanto no ponto de vista econômico como demográfico. O sistema urbano é transformado por indústrias agrícolas. Indústrias estas, que se encontram ligadas ao Estado, onde apresentam capacidade de adaptação à conjuntura, da transformação da estrutura, cheias de modernidades que as outras não apresentam e que acabam impondo sobre o território ao seu redor tensões muito mais marcantes. Quem acaba se tornando o locus da regulação do que ocorre no campo é a própria cidade, que assegura a cooperação imposta pela nova divisão do trabalho agrícola, que tende a reproduzir a demanda. Por conseqüência do grande número de agricultores residentes nas cidades, a urbanização também aumenta. Quando a divisão do trabalho em uma área é intensa, mais provável de surgirem cidades diferentes umas das outras. E com isso, maior a idoneidade a consumir e a produzir, maior a tendência ao movimento e à criação de riqueza. No Nordeste brasileiro, a divisão do trabalho é menos densa, pois, ocorre um acumulo de funções em uma mesma cidade devido a localização das cidades médias. Atualmente, as cidades deparam características diferentes umas das outras, até mesmo entre as metrópoles. A indústria baiana é diferente da de Recife. Isso advém por motivo da virtualidade de cada área, onde suas tarefas territoriais são