Urbanização brasileira
SANTOS, Milton; SILVEIRA, María Laura. São Paulo. Editora: Record, 2001. p. 199 – 243.
O autor Milton Santos, inicia o texto apresentando alguns dados acerca da urbanização do Brasil atualmente (próximo ao ano 2000), comparando com a de anos anteriores. Segundo o recenseamento do IBGE, no ano de 1991, tínhamos a taxa de urbanização próximo de 75%, sendo o sul, o centro-oeste e o sudeste, as regiões de maior porcentagem de urbanização no país. No ano 2000, esse índice se elevou para quase 80% no cenário nacional, e o sudeste próximo a 91%.
Analisando esses dados, o autor afirma que a população urbana será bem maior que as estimações já feitas e, também, critica o fato de a dinâmica territorial não ser levada em conta em prognoses demográficas, local de relação entre o homem e a natureza.
Segundo M. Santos, “diferenças de enforque conduzem a diferenças de resultado.” E o enfoque no texto é o espaço como instância social, ou seja, a materialidade e as ações humanas. E, atualmente, o meio pode ser caracterizado técnico-científico é resultado, em âmbito nacional, da ciência, da tecnologia, da informação, criando espaços inteligentes e espaços opacos em diferentes regiões do país, criando uma dicotomia entre o Brasil urbano e o Brasil rural (ou Brasil Agrícola).
Outro indicativo de urbanização é o aumento do número de pessoas de menor renda, ou desempregados, que buscam melhores condições de trabalho nas grandes cidades. De acordo com os dados, em 1980, quase 40% da população não residia mais no seu local de origem. A população rural também apresentou queda na porcentagem, ao contrário da agrícola, que entre os anos de 1960 e 1980, cresce mais de 36%, enquanto que a primeira, muito menos de 1%, 0,0038%. Já nas cidades, a população economicamente ativa, apresentou uma baixa nas taxas de fertilidade, natalidade, fecundidade e mortalidade.