urbanização brasileira
Nas primeiras décadas do século XX, o Brasil era um país agroexportador, de população predominantemente rural. No final da década de 1930, mesmo após os esforços de industrialização do presidente Getúlio Vargas, dois terços dos brasileiros ainda residiam no campo.
Entre os anos de 1950 e 1960, acompanhando o avanço industrial, houve uma intensa urbanização, que mudaria radicalmente as feições geográficas do país – migrações internas, êxodo de trabalhadores rurais, crescimento vertiginoso das cidades do Sudeste. A urbanização foi acompanhada de profundas alterações na sociedade brasileira, sobretudo em relação a aspectos sociais e ambientais.
AS REGIÕES NO PROCESSO DE URBANIZAÇÃO
A urbanização teve ritmos diferentes nas diversas regiões do país. O Sudeste e o Sul, industrialmente mais desenvolvidos, apresentaram taxas superiores. O Centro-Oeste, mesmo com uma economia centrada no agronegócio, teve índices semelhantes aos do Sudeste, em razão da grande modernização de sua agropecuária. O Norte e o Nordeste, até os dias atuais, são as regiões que apresentam menores percentuais de população urbana (embora superiores a 50%).
Vários fatores deram origem à urbanização brasileira e a moldaram. O avanço da industrialização foi o principal entre eles. No entanto, não se pode desprezar o enorme poder de atração populacional que as cidades normalmente exercem, em razão da oferta de empregos, serviços e lazer.
As migrações internas, sobretudo em direção ao Sudeste, causaram extraordinário impacto sobre a organização do espaço geográfico. Ressalta-se o intenso êxodo rural, provocado pela modernização da agricultura e pela concentração fundiária no campo brasileiro.
Um dos aspectos mais importantes da modernização brasileira no século XX foi a formação de uma rede urbana hierarquizada, comandada pelas metrópoles de São Paulo e do Rio de Janeiro. A antiga economia de arquipélago, caracterizada por pouca articulação entre as atividades