União homoafetiva

UNIÃO HOMOAFETIVA: realidade inconstitucional? Anelize Gregory A homossexualidade faz parte da história desde as civilizações gregas, quando era comum a afetividade entre homens tanto quanto era entre homens e mulheres, isso porque naquele período as mulheres eram consideradas inferiores, portanto, era comum os homens possuírem relações entre si. Essa realidade foi mudada pelas doutrinas ensinadas pela Igreja Católica durante a Idade Média, se dizia que o ato da sexualidade era sagrado e só deveria ser realizado para um único fim, a perpetuação da raça, ou seja, gerar descendentes. Assim sendo, o ato deveria ocorrer entre homem e mulher, uma vez que Deus os criou de modo a formar um perfeito encaixe, como conta a história do surgimento da humanidade, relatada na Bíblia Sagrada da religião.
A homossexualidade esteve presente nos primórdios da própria história, citada nos livros da antiguidade greco-romana e na própria bíblia. Na sociedade grega, tais relações eram tão presentes que chegavam a ser mais nobres do que os relacionamentos heterossexuais. [...] Sem dúvida na religião é que encontramos o caráter mais polêmico e maior preconceito, em face da religião ter como base os princípios sagrados, segundo os quais a relação sexual tem como natureza, a procriação. (MONTEIRO, 2010, p.1)

Com a contemporaneidade esse movimento tomou força e atualmente esse fenômeno social possui presença inegável na realidade da sociedade Brasileira e mundial, se tornou algo irrefutável e relevante em uma sociedade de conceitos préelaborados. Assim, o estado viu-se obrigado a criar leis de amparo a esta nova classe que vem arcando com as mais diversas consequências em virtude de suas escolhas sexuais. Na Constituição Federal de 1988, temos, em termos claros e evidentes, garantias de que todos são idênticos para a legislação, sem diferença de qualquer natureza, além de todos possuírem direito irrevogável à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, todos estes