Universidade

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Alexandre Herculano
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Alexandre Herculano
Nascido em Lisboa a 28 de Março de 1810, era filho de Teodoro Cândido da Araújo, recebedor da antiga Junta dos Juros, hoje Junta do Crédito Publico, e de D. Maria do Carmo de S. Boaventura, filha de José Rodrigues de Carvalho, pedreiro empregado nas obras da Casa Real.
Poeta, romancista, historiador, um dos introdutores e guias do Romantismo português. Pertencia a família modesta, que não pôde proporcionar-lhe estudos universitários. Feitas as Humanidades nas aulas da Congregação do Oratório, passou deste ambiente de trabalho austero para a severidade dos estudos de Diplomática, na Torre do Tombo, aos quais juntava a aprendizagem do inglês e do alemão. Em 1831 foi obrigado a emigrar, como adverso ao absolutismo miguelista. Mas «as profundas misérias do cativeiro», a que se refere, não lhe impediram a frequência da biblioteca de Rennes, o que os companheiros de exílio, aliás, lhe facilitavam, pois o moço estudioso «se tornava mais útil na biblioteca do que na cozinha» - alegavam. Das andanças do cativeiro datam alguns dos mais belos poemas de quem a si próprio se designava como «o trovador do exílio».
Volta a Portugal em 1832, incorporado entre os 7.500 do Mindelo. Durante o certo do Porto, trabalha na organização da Biblioteca Municipal, como seu segundo bibliotecário, sem prejuízo das obrigações de soldado, que sabe cumprir com reconhecida galhardia. Em 1936 derrubam os setembristas o governo cartista, e Herculano, que sentia no acontecimento uma vitória da demagogia, demite-se do cargo de bibliotecário, vem para Lisboa e escreve com apreensões de amargo pessimismo, a que julga adequada a ênfase dos profetas de Israel – que é já a de alguns poemas da sua futura colectânea Harpa do Crente, 1838 -, o livro A Voz do Profeta (1836). Toma em Lisboa a direcção da revista Panorama, que mantém por sete anos, e aqui, e depois na Biblioteca da Ajuda, de que D. Fernando lhe confiou a direcção, começa uma actividade

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