Unificação Italiana
HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA I
Prof. César Machado
Unificação Italiana
José Henrique de O. Martins Junior
Após a derrota de Napoleão Bonaparte o Congresso de Viena (1814-1815) tinha por objetivo reestabelecer as monarquias europeias derrotadas pelo Imperador francês visando o equilíbrio econômico do continente, com isso, os territórios italianos ao norte ficaram sob tutela Austríaca, (tendo ficado somente o reino de Piemonte-Sardenha independente) ao centro os territórios governados pelo papa e o reino das Sicílias ficara pela égide dos Bourbon. A Europa desse período via-se em um crescente sentimento nacionalista.1 O próprio termo surgira nessa época, onde os territórios buscavam garantir sua unidade política não mais sob a figura de um rei, como ocorria no Antigo Regime ou uma unidade religiosa como no auge da Igreja Católica, mas através da língua, do conjunto de práticas e tradições que um determinado “povo” tem em comum. Com isso os italianos irão procurar legitimidade no passado do Império Romano, que tem servido de parâmetro de grandeza e prosperidade desde sua queda no quarto século da nossa Era, assim como os gregos ao se separar do Impéro Turco-Otomano procuraram se espelhar na sua Grécia Clássica. Esse movimento italiano nacionalista ficou conhecido por Risorgimento.
Mas as primeiras tentativas de libertação dos territórios italianos vieram logo após as diretrizes tratadas em Viena por uma organização revolucionária chamada de Jovem Itália liderada por Giuseppe Mazzini, republicano que defendia a independência e a transformação da Itália numa república democrática. Mais tarde a luta pela independência foi liderada pelo reino de Piemonte-Sardenha, que como dito acima, permanecera independente. O ministro piemontês Cavour estabelecendo acordo com a França de Napoleão III conseguiu anexar alguns dos territórios italianos pertencentes até então à Áustria. No Sul a liderança de Giuseppe Garibaldi libertou o reino Das Sicílias e