Unificação italiana
A reorganização política européia se deu após a derrota do imperador francês Napoleão Bonaparte. Com sua queda foi organizado um congresso conhecido como Congresso de Viena, encerrado em 1815, que teve como objetivo restabelecer o equilíbrio do poder e o princípio da legitimidade. As nações decidiram que as antigas monarquias derrotadas por Bonaparte iriam ser restauradas.
Há dois países que não conseguiram restabelecer seus governos legítimos, a Itália e a Alemanha, pois eles não existiam, já que esses eram formados por vários reinos. Então, por não atenderem ao princípio da legitimidade, ficaram submetidas à tutela austríaca, isso porque o príncipe da Áustria tornou-se símbolo do absolutismo na Europa depois do Congresso de Viena.
A Itália ficou dividida em vários estados, o único independente era o Piemonte- Sardenha, governado pela dinastia Savóia. Os demais estados ao norte pertenciam à Áustria ou eram governados sob sua influência, como era o caso dos reinos da Lombardia e de Veneza e dos ducados de Parma, Módena e Toscana. Ao centro, havia os Estados Pontifícios, governados pelo papa, e, ao sul, o reino das Sicílias, entregue à dinastia de Bourbon. Observa-se então que enquanto o Congresso representou a retomada dos territórios para muitos monarcas, para a Itália, foi ao contrário, o acordo deixou-a fragmentada e praticamente teve sua totalidade submetida à Áustria.
DESENVOLVIMENTO
A unificação italiana surge dentro de uma perspectiva nacionalista embora a população se encontrasse divida. Foi alcançada depois de uma luta de quase trinta anos (1831-1861) envolvendo grupos de trabalhadores urbanos e rurais e alcançando até mesmo a burguesia nacional.
Durante o século XIX, a expansão do capitalismo e dos ideais políticos liberais alcançou diversas partes da Europa promovendo um tempo de grandes transformações. Na Península Itálica, essas mudanças ganharam força quando a grande burguesia se mostrou interessada em unificar os territórios com o