Uma história social do conhecimento de Gutenberg a Diderot.
Uma história social do conhecimento de Gutenberg a Diderot.
BURKE, Peter.
Kátia Carina Mesquita1
O presente trabalho busca a compreensão de leitura dos capítulos I e V do livro “Uma história social do conhecimento: de Gutemberg a Diderot”, do professor e historiador inglês Peter Burke.
O capítulo III é dividido pelo autor em três momentos, Burke discute a consolidação do conhecimento partindo de um questionamento: Será que o conhecimento é fruto de uma
“dinâmica social”, ou podemos produzir conhecimento sem a necessidade desta dinâmica?
Primeiramente, a partir da discursão de Karl Mannheim e Schumpeter, onde o primeiro afirma que o conhecimento produzido sem a coerção social seria um conhecimento mais fluente, sem amarras, onde a liberdade econômica poderia proporcionar uma liberdade intelectual. Mannheim toma como exemplo as produções dos intelectuais burgueses produtores de ideias, que não se deixavam levar pelas pressões e controles econômicos. Em contrapartida, Schumpeter dize que esse pensamento de Mannheim é um algo delirante, “Um feixe de preconceitos”, pois para Schumpeter a produção do conhecimento feita pelo intelectual surge quando o mesmo busca satisfazer as necessidades de seu contexto social.
Para o pensador, seria o ambiente social que nos permite produzir
ou não conhecimento e seria este ambiente que permite ao intelectual a produção de determinados tipos de conhecimento.
Partindo deste debate, deste problema, Burke traz para o campo das discussões duas correntes teóricas que se ocupam da analise da inovação intelectual e a reprodução cultural.
A primeira, formulada por Thorstein Veblen que estuda os outsiders2 e nos diz que o conhecimento produzido livre de convenções sociais pode sim ser pertinentes, e tona por exemplo os judeus da Europa moderna, que mesmo não estando inseridos em seu contexto social, estando inseridos em um contexto que não lhes pertencem lhes proporciona a
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Licenciada em Ciências