Fichamento Rovilson 1 doc

CAPÍTULO 1
A revolução da prensa gráfica em seu contexto

A revolução ocorreu no período que antecedeu a chamada “Era Moderna” (1450 – 1789), indo desde a 1450 provavelmente inventado na Europa, por Johann Gutenberg de Mainz até as revoluções francesa e industrial. Na China e Japão a impressão ja era praticada desde o século VIII, por um método chamado “Impressão de Bloco”, bem apropriado para culturas com ideogramas e não um alfabeto, no entanto no século XV, os coreanos criaram uma fôrma de tipos móveis, descrita pelo acadêmico Henri-Jean Martin como “de uma quase alucinatória similaridade àqueles de
Gutenberg”.
A prática da impressão gráfica se espalhou pela Europa com diásporas dos impressos germânicos, por volta de 1500, sido instaladas em mais de 250 lugares, todas essas gráficas produziram cerca de 27 mil edições, estimando-se uma média de 500 cópias por edição, cerca de 13 milhões de livros circulavam pela Europa na data de 1500 com 100 milhões de habitantes, sendo 2 milhões produzido em Veneza e tendo Paris como centro importante com 181 estabelecimentos.
Em contraste a impressão gráfica custou penetrar na Rússia e no mundo cristão ortodoxo, em 1564 um russo educado na Polônia levou a técnica para Moscou, tendo sua oficina destruída em seguida. No início do século XVIII a situação mudou com os esforços do Czar Pedro, o Grande, fundando a gráfica de São Petesburgo em 1711, seguida pela Gráfica do Senado em São Petesburgo e Moscou, da Gráfica da Academia Naval (1721 e da Gráfica da Academia de Ciências (1727), o czar estava interessado em aprendizado e educação, de modo a tornar os russos familiarizados com a ciência e tecnologia modernas, em especial a tecnologia militar, essa revolução precisava ter condições sociais e culturais favoráveis para se disseminar, e a ausência de população laica e letrada na Rússia foi um sério obstáculo.
No mundo muçulmano, a resistência à impressão gráfica permaneceu forte durante o início da era moderna, em Istambul, meados