Resumo uma história social do conhecimento: de gutenberg a diderot
Capítulo I – Sociologias e Histórias do Conhecimento: Introdução.
Neste primeiro capítulo, o autor nos traz um breve panorama dos primeiros trabalhos acerca da relação entre sociedade e conhecimento e o interesse por essa análise entre os diversos campos do saber. O conhecimento e a informação são partes fundamentais na constituição da sociedade contemporânea, o que vem despertando o interesse de estudiosos de diversas áreas durante os últimos anos. No começo do século XX, porém, é que surgem os primeiros estudos sobre o conhecimento de forma mais organizada e sistematizada. Isso ocorre com a chamada “Sociologia do conhecimento”, que eclode principalmente nos Estados Unidos, França e Alemanha, desenvolvendo uma série de estudos e teorias focadas na construção e produção do conhecimento dentro das estruturas sociais. Nomes como Émile Durkheim, Auguste Comte, Thorstein Veblen, Max Scheler e Karl Mannheim são importantes nesse período. Após esse período de grande efervescência, a “Sociologia do Conhecimento” perde um pouco de força. Nas décadas seguintes, poucos trabalhos foram produzidos e somente alguns deles se destacaram por terem desenvolvido e aprimorado algumas ideias já existentes. Após esse hiato, surge um movimento de renovação impulsionado pela inserção de outras disciplinas, como a antropologia, a filosofia e a geografia. Dando continuidade à introdução do livro, Peter Burke justifica sua escolha pela pesquisa científica na historia social do conhecimento. Segundo o autor, há uma lacuna literária acadêmica acerca desse tema, devido principalmente a pouca importância dada pelos historiadores à sociologia do conhecimento. O autor se propõe a analisar a construção do conhecimento na sociedade desde a invenção da prensa tipográfica, em 1450, até a publicação da Enciclopédia, em 1750, bem como o que a sociedade desse período entendia