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5094 palavras
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A INFORMAÇÃO ESCRITA: DO MANUSCRITO AO TEXTOVIRTUAL
RITA DE C. R. DE QUEIROZ* rcrqueiroz@uol.com.br Resumo: A escrita representa o armazenamento de informações, permitindo a comunicação através do tempo e do espaço. A sua difusão está relacionada, essencialmente, à evolução da memória. As grandes civilizações, como as da Mesopotâmia, do Egito, da China e da América pré-colombiana usaram a memória escrita como símbolo de progresso evolutivo. A escrita está na fonte de todo progresso humano. Há cerca de vinte mil anos o homem exprime o seu pensamento através de meios gráficos, e há mais ou menos seis mil anos que conhece as formas de escrita. Desde então a palavra escrita só conheceu sucessos e a sua história está voltada para uma expansão cada vez maior. Entretanto, atualmente a palavra escrita vive momentos de crise e há quem profetize o desaparecimento do livro. Essa crise pela qual passa a palavra escrita nada mais é do que a substituição de uma forma de cultura, em declínio, por uma outra forma emergente. Trata-se da mudança da página para a tela do computador. O computador passa a ser o que é o livro: transmissor de conhecimentos. Mas, o computador seria só isso? Não, o computador pode afetar o livro de duas maneiras distintas: a primeira – sem graves conseqüências, é a simples reprodução de livros impressos no meio eletrônico e apresentados na tela; a segunda
– com graves conseqüências, é a total liberdade para modificar, de forma radical, o texto, transformando-o em hipertexto. A possibilidade do fim do livro pela presença do computador causou um trauma cultural. No entanto, é preciso entender esse fim como a transformação do livro na dispersão multilinear do hipertexto. Entendendo-se documentação escrita como patrimônio, mostrar-se-á como a informação escrita, registrada no passado em vários tipos de suporte, tais como: pedra, madeira, papiro, pergaminho; evoluiu, chegando ao ambiente digital.
Palavras-chave: Escrita; Memória; Livro