UM TOQUE DE CLÁSSICOS: DURKHEIM, MARX E WEBER
Por meio de observação das sociedades modernas que estavam em crise, Durkheim (1858 – 1917) fez várias interpretações e identificou equívocos que serviram pra enfatizar a sua tese A Divisão do Trabalho Social, quanto a importância dos fatos morais na integração dos homens à vida social, na qual dizia que a moral seria tudo aquilo que pudesse gerar solidariedade no indivíduo a ponto dele poder também contar com seu próximo, esquecendo o egoísmo. Contudo, a desapropriação dos valores e das instituições tidas como protetoras e envolventes do mundo feudal e até algumas corporações, mergulhou a França numa crise tal que conflitos e desordens seriam sintomas de anomia jurídica e moral presentes na vida econômica. Isso levou Durkheim mais uma vez observar que quando uma sociedade passa por uma crise, seus indivíduos se tornam incapaz de exercerem a moral e esquecendo a solidariedade, dando a eles uma sensação de hostilidade e de desconfiança mútua. Com a vida econômica num estado de anomia jurídica e moral, a profissão do indivíduo assume uma importância cada vez maior na vida social desses, substituindo a família e até mesmo a religião, já que esses passaram a se agrupar mais segundo suas atividades profissionais. Então Durkheim procurou nas sociedades industriais o lugar da reconstrução da solidariedade e da moralidade, pois no estado em que se encontrava a sociedade, o grupo profissional seria o único capaz de suceder a família. E assim o caracterizou o mundo moderno e ao mesmo tempo, Durkheim percebeu as anormalidades provocadas por uma divisão de trabalho anômica, onde tais atividades não apresentam autoridade que impusesse regras e limites, isto é, não exerciam a “coação, sem a qual não há moral”. E apesar disso, a atividade econômica não tem nada de moral e nem servido de progresso da moral, pois é nos grandes centros industriais e comerciais onde se vê o crescimento do número de suicídios e da criminalidade