Resumo indicativo de “Um Toque de Clássicos: Marx, Durkheim e Weber”
“Um Toque de Clássicos: Marx, Durkheim e Weber” de Tani Quintaneiro, Maria Ligia de Oliveira e Barbosa Márcia Gardênia Monteiro de Oliveira. 2003, Editora UFMG, p. 1 a 23.
MUDANÇAS RESULTANTES DA INDUSTRIALIZAÇÃO A Sociologia, como um campo delimitado do saber científico, só emerge em meados do século XIX na Europa no auge de dramáticas turbulências políticas, econômicas e sociais ocorridas a partir do século XVI no qual começara a despontar uma separação da Era Medieval. Mudanças na organização política e jurídica, nos modos de produzir e de comerciar geravam conflitos ideológicos. O avanço do capitalismo foi desestruturando os fundamentos da vida material, as crenças e os princípios morais, religiosos, jurídicos e filosóficos que sustentavam o antigo sistema, além de ter provocado o enfraquecimento dos estamentos tradicionais e das instituições feudais. A partir do nascimento do proletariado na revolução industrial, cresceram as pressões por uma maior participação política, e a urbanização se intensificou assim como a presença de grandes centros industriais. A capitalização e modernização da agricultura provocaram o êxodo de milhares de famílias que foram à procura de trabalho, pois haviam sido expulsas do campo. As cidades foram crescendo acelerada e desordenadamente propiciando, principalmente entre os mais miseráveis, o aparecimento de fatores como fome, falta de esgotos e de água corrente, lixo acumulado e falta de higiene, além de doenças e epidemias que elevavam a taxa de mortalidade e diminuíam a expectativa de vida. Durante o século XVIII, as condições de trabalho eram assustadoras, os operários labutavam em turnos diários de 12 a 18 horas e ficavam expostos a acidentes e doenças devido ao ambiente insalubre das fábricas. Muitas revoltas tiveram como alvo as máquinas, como o movimento ludista, e aos poucos os operários conquistaram novos direitos à legislação trabalhista. Houve também, mudanças na instituição