Um olhar crítico sobre o modelo de qualidade de vida no trabalho de Nadler e Lawler
A qualidade de vida no trabalho foi, nas décadas de 60 e 70, objeto de estudo de diversas pesquisas. Gradativamente, esta foi se tornando um assunto de interesse dos gestores. Ao mesmo tempo, o significado do termo qualidade de vida no trabalho sofreu significativas transmutações. Em medida semelhante, a percepção dos efeitos da qualidade de vida no trabalho foram, também, transmudados.
No inicio da década de 80, a qualidade de vida no trabalho aparenta ser apenas uma inovação adicional, que será descartada em um futuro próximo. Com o transcorrer das décadas, a qualidade de vida no trabalho deixa de ser uma inovação. Assim, os gestores tendem a minimizar suas atenções a esta variável, que, sob a ótica de Nadler e Lawler (1983), seria um erro grotesco e causaria a perda significativa da valoração das organizações.
Para contornar essa situação, Nadler e Lawler (1983) afirmam que a variável qualidade de vida no trabalho deveria ser claramente definida em um conceito que factualmente expresse o seu real significado. Esta conceituação deve abarcar o que é a qualidade de vida no trabalho, quais resultados esta pode proporcionar, quais os benefícios e quais as condições para que esta produza os resultados desejados. Frente ao cenário desenhado, Nadler e Lawler empenham-se em criar um modelo teórico avaliação da qualidade de vida no trabalho.
O modelo de Nadler e Lawler (1983) é bastante utilizado e referenciado na literatura brasileira. Entretanto, a superficialidade com a qual tal modelo tem sido abordada não apresenta subsídios para se entender por completo o referido modelo. Nessa perspectiva, o presente trabalho objetiva apresentar a teoria utilizada como pano de fundo para a criação do modelo em exame, acrescendo uma crítica ao referido.
2. O modelo de qualidade de vida no trabalho de Nadler e Lawler
2.1. Progênie dos programas de qualidade de vida no trabalho
De acordo com Nadler e Lawler