Um entendimento sobre "Transição para a Humanidade" de Clifford Geertz

Clifford James Geertz nasceu em São Francisco, EUA, em23 de agosto de 1926. Antropólogo,foi Professor Emérito da Universidade de Princeton, onde destacou-se pela análise da prática simbólica no fato antropológico . Com cerca de vinte livros publicados, foi, por trinta anos o antropólogo mais influente dos Estados Unidos e um dos principais do séc. XX. Faleceu em 30 de outubro de 2006, na Filadélfia. O presente trabalho é provocativo, nos lança em um terreno de dualidades. Trata do embate entre os estudos dos biólogos – que concluem pela evolução lenta e gradativa do homem, sem grandes transformações em invenções, criações e inteligência, paralela à evolução de todas as formas de vida do planeta, e, ainda que entendam a excelência do homo sapiens perante todos os outros animais, deixam bem claro que tal superioridade advém de um ponto bem definido na evolução, quando, após ter quase completado sua atual morfologia cerebral e corporal, ocorreu, de repente, um salto orgânico de pequena proporção física e grande alteração mental, com a consequente capacidade cognitiva, originado as criações e a cultura do homem, a Teoria do Ponto Crítico, formulada pelo antropólogo Alfred Kroeber – e os estudos dos cientistas sociais, os quais, a despeito de aceitarem a natureza animal do homem, o consideram, tal como é hoje em seu processo evolutivo, um ser único, com características que nenhum outro animal poderia apresentar, fosse qual fosse seu estágio evolutivo. O homem tem moral, sabe que vai morrer, possui valores e medos elaborados, entende que seu semelhante sente o mesmo , e ama na mais complexa forma deste sentimento, diferente da afeição demonstrada por um cão ao seu dono. Especialistas das ciências sociais entendem que a posição do homem no planeta é resultado de um processo lento e evolutivo, mas não somente biológico. O atual estágio de desenvolvimento da inteligência humana, sua tecnologia e cultura, são resultantes de um longo processo onde