Um arte de amar para nossos tempos
O CÂNTICO DOS CÂNTICOS
CASCAVEL
2008
Resenha do livro: LELOUP, Jean – Yves. Uma arte de amar para os nossos tempos: O Cântico dos Cânticos. Petrópolis: Vozes, 2002.147 p.
Estrutura da obra:
I. A arte de amar nas diferentes tradições
II. A arte de amar no Cântico dos Cânticos
III. Um estudo do Cântico dos Cânticos
IV. Questões e depoimentos
Para falar sobre o amor devemos saber que o comportamento humano é influenciado pelo pressuposto antropomórfico, somos condicionados pela cultura, educação, religião, civilização e todas essas variáveis terão influencia ainda sobre a relação homem-mulher, relação com o mundo e com a sociedade que vivemos e com a fonte de todos os seres que podemos chamar Deus.
Veremos algumas tradições espirituais da humanidade, algumas conhecidas outras não, umas em sintonia ou não, mas enriquecendo a visão e nossa prática do amor do ponto de vista dessas tradições.
A arte de amar no budismo é como o amor-compaixão, assim amar não é apenas uma relação de pessoa a pessoa, e sim, um estado de atenção. É um ato de bondade, uma irradiação do ser, um querer o bem estar de todo ser vivo, é reencontrar nossa verdadeira natureza que é a compaixão. É amor com harmonia.
No hinduísmo o amor é o amor do Si que está presente em todos os seres. O prazer é uma experiência do divino, amor cujo objeto não tem limites. O prazer é um sinal da presença de Deus e o desejo é o sinal de sua ausência. A essência esta em sentir cada vez menos a necessidade de objetos de prazer, que é a felicidade intensa sem objeto, o próprio amor do Ser. Não pessoa, somente o Si mesmo, o Um sem segundo, este é o amor do homem e da mulher.
Na Grécia Antiga sabe que para os gregos o amor não é o amor-compaixão, não é o amor do Si, mas é o amor de Si, através do outro. Amar é desejar ser desejado, é desejar ser amado, não é amar o outro, é amar o igual, é reduzir o outro ao igual. O outro é visto