Professor

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ – UECE
FACULDADE DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIAS E LETRAS DO SERTÃO CENTRAL – FECLESC

“DE MATRONA A SENHORA, A FIGURA FEMININA NA ARTE DE AMAR”

Aluno: Paulo Antônio Nogueira Júnior
Professora: Vânia Castelo
Disciplina: Fundamentos da Literatura Latina

Quixadá – Dezembro de 2010
De matrona a senhora, a figura feminina na Arte de Amar

Introdução
Quem diria que a arte de amar pudesse levar ao exílio! Ovídio, por conta do êxtase da Arte de Amar, foi julgado e sua pena foi o exílio. A forma que o poeta romano descreveu a sinuosa batalha do amor atingiu os pilares do império e também a Augusto, que sustentava com robustez tal qual do mármore das colunas nos templos erguidos aos deuses pátrios o desejo de restaurar os velhos costumes e a moral romana.
Ao recordar que o império romano, regido por Augusto, foi responsável pela exaltação das artes, da religião, dos costumes e morais que enobreciam a pátria romana, é notório perceber que aos poetas, muitas vezes influenciados por mecenas, estavam destinados a este interesse pátrio de restaurar os padrões da sociedade de então. Os artistas gozavam do respeito da sociedade e do próprio imperador, desta forma Roma inaugurava um modelo clássico que quase 1000 anos depois viria a ser “renascido” pelos artistas europeus, enaltecendo a glória daquela povo.
Os poetas declamavam suas obras em praças públicas, no teatro e no circo. Poetas como Virgílio, Horácio, Tibulo, Propércio e Ovídio, este último de temperamento mais aguçado, estavam sempre presentes no seio da alta sociedade romana. Ovídio era descendente de uma família nobre tendo seu pai dedicado a seus filhos ensinamento da retórica com o intuito de torná-los Cíceros; o poeta chegou a dedicar-se a trabalhos jurídicos, mas para descontentamento de seu pai, fez opção pela poesia. Opção esta que lhe traria fama e renome, mas que também traria o infortúnio de ter